O cenário político paraibano promete esquentar nos últimos dias de abril, com movimentações estratégicas que devem impactar diretamente as articulações de olho nas eleições de 2026. Três dos maiores partidos do estado – PP, PSD e PSB – passam por mudanças de comando e reposicionamentos que podem redesenhar o tabuleiro eleitoral.
No próximo dia 23 de abril, a senadora Daniella Ribeiro deve oficializar seu retorno ao Progressistas (PP) durante um evento de filiação em Brasília. A articulação foi costurada pelo presidente nacional da legenda, Ciro Nogueira, com apoio do deputado federal e irmão de Daniella, Aguinaldo Ribeiro. Em entrevistas recentes, a senadora sinalizou que sua prioridade é tentar a reeleição ao Senado, mas não descartou reavaliar os planos dependendo dos rumos da base governista do governador João Azevêdo (PSB).
O retorno de Daniella ao PP ocorre após ela perder o controle do PSD na Paraíba, agora sob o comando do ex-deputado Pedro Cunha Lima. O Progressistas, por sua vez, também avalia uma possível federação com o União Brasil, o que pode ampliar ainda mais o peso da legenda nas próximas eleições.
Já no dia 28 de abril, a capital paraibana será palco de dois eventos de peso: um para oficializar a chegada de Pedro Cunha Lima à presidência estadual do PSD, e outro para consolidar João Azevêdo como líder do PSB na Paraíba.
A chegada de Pedro ao PSD tem aval direto do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, e simboliza uma tentativa da oposição de se reorganizar e lançar um nome forte ao Governo do Estado. Com isso, o PSD passa a ser uma peça estratégica no jogo da sucessão estadual, oferecendo estrutura, fundo partidário e tempo de TV.
No mesmo dia, Azevêdo assume formalmente o comando do PSB na Paraíba, em um congresso estadual. A movimentação fortalece o projeto do partido para 2026, que inclui a possível candidatura do atual governador ao Senado Federal. Em entrevista à rádio CBN, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, confirmou que esse é o principal objetivo da legenda no estado.
Essas movimentações refletem não apenas a reorganização interna dos partidos, mas também a preparação de terreno para o grande embate político que se avizinha em 2026.
G1
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