O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), parabenizou neste domingo (30) o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pela vitória no segundo turno das eleições e disse que "é preciso ouvir a voz de todos, mesmo divergentes".
O resultado do segundo turno das eleições foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57 deste domingo (30), quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela altura, Lula tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava os outros 49,17% de votos válidos. Para vencer em segundo turno, o candidato à Presidência precisa superar os 50% de votos válidos – mesmo que seja por apenas um voto.
"Ao presidente eleito, a Câmara dos Deputados lhe dá os parabéns e reafirma o compromisso com o Brasil, sempre com muito debate, diálogo e transparência. É preciso ouvir a voz de todos, mesmo divergentes, e trabalhar para atender as aspirações mais amplas", afirmou Lira.
A declaração foi concedida em um pronunciamento que o presidente da Câmara fez na noite deste domingo (30) na residência oficial da Casa, em Brasília.
Lira estava ao lado do líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), do líder do seu partido, André Fufuca (PP-MA), e dos deputados Celso Sabino (União-PA), Felipe Carreras (PSB-PE), Danilo Forte (União-CE) e Hugo Leal (PSD-RJ).
O pronunciamento não foi aberto a perguntas da imprensa. O presidente da Câmara, contudo, prometeu dar uma entrevista nesta segunda-feira (31).
Em sua fala, Lira defendeu a pacificação do país e disse que é hora de "estender a mão aos adversários".
"É hora de desarmar os espíritos, estender a mão aos adversários, debater, construir pontes, propostas e práticas que tragam mais desenvolvimento, empregos, saúde, educação e marcos regulatórios eficientes. Tudo que for feito daqui para frente tem que ter um único princípio: pacificar o País e dar melhor qualidade de vida ao povo brasileiro", afirmou.
Lira defendeu também a "lisura, a estabilidade e a confirmação da vontade popular" e disse que não pode "aceitar revanchismos ou perseguições, seja de que lado for".
O presidente da Câmara afirmou ainda que "a vontade da maioria, manifestada nas urnas, jamais deverá ser contestada" e que seguirá "em frente na construção de um país soberano, justo e com menos desigualdades". Segundo ele, "agora, é olhar adiante".
"Agora, é olhar adiante, debater nas instâncias legítimas e democráticas, restabelecer o respeito e autonomia dos Poderes e avançar para melhorar a vida de todos, principalmente os mais vulneráveis”, acrescentou.
Minutos após o pronunciamento, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, também do partido de Lira, chegou à residência oficial. Na noite deste domingo (30), após o resultado, o presidente da Câmara já ligou para Bolsonaro e para o presidente eleito, Lula.
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