Os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, apontaram as condições climáticas adversas como principal fator para o aumento nos preços dos alimentos, conforme registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em fevereiro. Em declarações após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (13), no Palácio do Planalto, os ministros ressaltaram que uma queda nos preços é esperada entre o final de março e o início de abril, com o avanço das colheitas pelo país.
"Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas que foram muito importantes no Brasil, todo mundo assistiu ao excesso, a alta temperatura no Centro-Oeste, as chuvas que ocorriam no sul do Brasil, enfim, foi um aumento sazonal. A tendência agora é diminuir”, explicou Teixeira.
O encontro, convocado pelo presidente Lula, teve como objetivo discutir alternativas para conter o custo dos alimentos, uma preocupação crescente no país. Participaram também da reunião o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
Fávaro destacou que serão adotadas medidas para incentivar a produção de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca, incluindo o estímulo ao aumento da área plantada e o oferecimento de linhas de crédito. Essas iniciativas serão incorporadas ao Plano Safra, com o objetivo de direcionar o crescimento da produção para áreas próximas aos centros consumidores.
“Estamos atentos também, se essas medidas estruturantes, se os preços não abaixarem, nós podemos tomar outras medidas governamentais que serão estudadas pela equipe econômica”, ressaltou Fávaro.
O presidente Lula planeja ainda reunir-se com setores produtivos a partir da próxima semana para discutir novas medidas a serem implementadas. Os dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), divulgados pelo IBGE, evidenciam a influência dos preços dos alimentos, com destaque para a alta nos custos de itens como cenoura, batata-inglesa, feijão-carioca, arroz e frutas, contribuindo para a preocupação com a inflação alimentar no país.
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