O “Janeiro Roxo” marca o mês de conscientização sobre os riscos e sintomas da Hanseníase. A campanha realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e reconhecida, desde 2016, pelo Ministério da Saúde, visa informar os cidadãos e diminuir o preconceito que ainda existe sobre a doença.
Em Soledade, como parte das ações da campanha, a Prefeitura e a Secretaria de Saúde promoveram diversas palestras para a população sobre os sinais e sintomas da doença, assim como conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce
E encerrando o mês, na segunda (30) foi realizada uma palestra na sala de espera da Unidade Básica de Saúde do Centro, campanha de conscientização e combate à hanseníase.
Pacientes foram conscientizados sobre a importância deste tema. A atividade foi feita pelo médico Wilker Barreto e a enfermeira Andrea Frazão.
Já nesta terça-feira (31) pacientes que estavam aguardando atendimentos na sala de espera da Unidade Básica de Saúde do Alto São José a atividade foi realizada pela profissional de saúde, a enfermeira Luana Andrade.
Para a Luana o fato da doença ser silenciosa dificulta o diagnóstico. “Tem muito preconceito, mas a Hanseníase tem tratamento e cura. Se a pessoa não tratar, ela vai continuar transmitindo, principalmente para as pessoas que moram na mesma casa ou para aquelas que ela tem um contato mais próximo” alerta.
Ela destaca ainda que o diagnóstico pode ser feito pela forma clínica, através do exame da baciloscopia da linfa ou através de uma avaliação neurológica simplificada realizada por um fisioterapeuta. O tratamento é realizado somente pelo SUS.
Número de casos no Brasil preocupa as autoridades
O Brasil ocupa a segunda posição na relação de países com o maior número de casos de Hanseníase, ficando atrás apenas da Índia. Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil notifica cerca de 30.000 novos casos da doença por ano.
A doença é transmitida pela respiração e a partir do contato com pacientes ainda não tratados. O agente causador da Hanseníase é a bactéria Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, e acomete principalmente pessoas que vivem em condições precárias de moradia e saneamento.
• Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil.
• Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros
• Perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração
• Inchaço e dor nas mãos, pés e articulações
• Dor e espessamento nos nervos periféricos
• Redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés
• Caroços no corpo
• Pele seca
• Olhos ressecados
• Feridas, sangramento e ressecamento no nariz
• Febre e mal-estar geral
Mín. 25° Máx. 29°