Durante discurso no Congresso Nacional do PSB neste domingo (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo direto por uma renovação estratégica no Senado Federal nas eleições de 2026. Lula defendeu a eleição de “melhores quadros” para garantir maioria na Casa e, segundo ele, impedir a “avacalhação” do Supremo Tribunal Federal (STF) promovida pela direita.
A declaração foi interpretada como um recado direto ao governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), que estava presente no evento, para que dispute uma cadeira no Senado ao fim de seu segundo mandato.
“Muitas vezes a gente tem que pegar os melhores quadros, eleger senador da República, eleger deputado federal, porque nós precisamos ganhar a maioria do Senado. Senão, esses caras vão avacalhar com a Suprema Corte”, afirmou Lula.
Com o encerramento do mandato de Azevêdo previsto para 2026 e sua boa avaliação no estado, o nome dele já vinha sendo ventilado nos bastidores como forte candidato ao Senado. A fala de Lula, ao lado de aliados socialistas, reforça essa articulação.
Além do aceno político, o evento também marcou a eleição do prefeito do Recife, João Campos, como novo presidente nacional do PSB, reforçando a aliança entre o PSB e o PT de olho no redesenho do Congresso Nacional para o próximo ciclo eleitoral.
Nos bastidores, lideranças socialistas avaliam que Lula quer um Senado mais alinhado com seu projeto político e menos suscetível às pautas da oposição, que nos últimos anos ganhou força com discursos contra decisões do STF e ações do governo federal.
A sinalização a João Azevêdo, portanto, é estratégica: trata-se de um aliado de perfil moderado, com trânsito entre diferentes forças políticas e respaldo popular na Paraíba — credenciais que o colocam como peça-chave na estratégia eleitoral de 2026.
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