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Taxa de Juros do Cartão de Crédito Sobe para 429,5% ao Ano

Na prática, uma dívida de cartão de crédito que não é paga no vencimento pode crescer significativamente ao longo de um ano

26/07/2024 às 10h15 Atualizada em 29/07/2024 às 15h05
Por: Políticas & Negócios Fonte: Tamiris de Castro
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reprodução/internet
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429,5% ao ano em junho, conforme divulgado pelo Banco Central nas Estatísticas Monetárias e de Crédito desta sexta-feira (26). Este aumento representa uma elevação de 7,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior, quando a taxa era de 422,4% ao ano.

Na prática, uma dívida de cartão de crédito que não é paga no vencimento pode crescer significativamente ao longo de um ano. Por exemplo, uma dívida inicial de R$ 800 pode resultar em um saldo total de R$ 4.236 após um ano, considerando os juros.

Em dezembro do ano passado, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu um limite de 100% para as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito, que entrou em vigor em janeiro deste ano. Assim, uma dívida de R$ 200 não pode exceder R$ 400 em encargos e juros, conforme a nova regra. No entanto, as altas taxas anuais relatadas pelo Banco Central refletem um registro estatístico baseado em juros mensais extrapolados, e não necessariamente representam a realidade do consumidor.

Aumento no Cheque Especial

Os juros do cheque especial, a segunda linha de crédito mais cara do mercado, também aumentaram, chegando a 135% ao ano em junho, uma alta de 3,1 pontos percentuais em relação a maio. Uma dívida de R$ 800 no cheque especial, mantida sem pagamento por um ano, pode crescer para R$ 1.880.

Opções Mais Acessíveis: Crédito Consignado

Para evitar as altas taxas de juros das modalidades mencionadas, os consumidores podem optar pelo crédito consignado, que tem desconto direto na folha de pagamento. A taxa de juros do crédito consignado caiu 0,1 ponto percentual em junho, situando-se em 23,1% ao ano, a menor desde fevereiro de 2022.

As taxas dentro do crédito consignado variam conforme o grupo de profissionais. Beneficiários do INSS pagam a menor taxa, de 21,4% ao ano, enquanto servidores públicos e trabalhadores do setor privado enfrentam taxas de 22,8% e 38,7% ao ano, respectivamente.

Essas informações fornecem um panorama das variações nas taxas de juros das principais linhas de crédito disponíveis no mercado, destacando tanto os aumentos quanto as opções mais acessíveis para os consumidores.