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Com entrada gratuita, SESI Lab promove visitas acessíveis no domingo (7)

O primeiro domingo de cada mês, a partir das 8h, é reservado a visitas de pessoas com espectro autista, neurodivergentes e da comunidade surda

05/04/2024 às 08h56
Por: Políticas & Negócios Fonte: Tamiris de Castro /ascom
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Com entrada gratuita, SESI Lab promove visitas acessíveis no domingo (7)

No Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, celebrado nesta terça-feira (2), o SESI Lab - museu 100% interativo - anuncia a próxima edição das visitas acessíveis, no próximo domingo (7).

Sempre no primeiro domingo de cada mês, além da gratuidade para todos os públicos, o museu se adapta para receber pessoas com espectro autista, neurodivergentes e a comunidade surda.    

Mesmo sem cobrança, é necessário garantir acesso antecipado no site da Sympla ou na bilheteria do museu. A cada edição, são disponibilizados 200 ingressos para as visitas das 8h às 10h. Já as visitas guiadas para a comunidade surda têm capacidade para 20 pessoas por sessão, mas sem a necessidade de emissão de ingresso específico para essa atividade.

Após adquirir entrada no SESI Lab, os interessados devem se dirigir ao balcão de informações no horário da visita. As duas modalidades de visita foram desenvolvidas pelas equipes de educação e de exposições do SESI Lab e integram uma série de adaptações já existentes.


“O SESI Lab, desde a sua concepção, pensa na diversidade de públicos. A nossa ideia é sempre tornar possível, de fato, a inclusão e a participação dos diversos públicos na nossa programação e na experiência do museu”, explica a gerente de Programação Cultural do SESI, Agnes Mileris.


As visitas para a comunidade neurodiversa e de Transtorno do Espectro Autista (TEA) são realizadas duas horas antes do funcionamento rotineiro, para garantir a inclusão independentemente de habilidades físicas, sensoriais ou cognitivas.

Além do acolhimento logo na entrada do museu, com educadores e orientadores de públicos capacitados, as visitas espontâneas contarão com ajustes sonoros e visuais, como o desligamento do painel de LED e adequações em aparatos interativos. 

“A gente elaborou esse roteiro para visitas acessíveis pensando nas adaptações que o museu deveria ter para receber pessoas de grupos diversos com mais conforto. A gente entende que o museu tem uma carga sensorial muito intensa”, pontua a educadora Lua Cavalcante, formada em pedagogia e fotografia.

“Desligar alguns aparelhos com muito estímulos sonoros e as luzes geral do museu influenciam muito na experiência. Por isso, trocamos alguns tons do projeto de iluminação, alguns são muito vibrantes, para reduzir as chances de desconforto”, enfatiza Helena Neves Simões, educadora e designer de formação. 

Além disso, são oferecidas visitas em Libras, com sessões às 11h e às 15h do mesmo dia, e desenvolvidas atividades com dispositivos de acessibilidade - como brinquedos sensoriais, fones com abafador de ruído e coberta ponderada -, disponibilizados em um carrinho customizado para recursos de acessibilidade.

Também foram implantados mapas táteis em cada uma das galerias da exposição de longa duração, recursos de audioguia e videolibras na exposição de longa duração, somando-se aos recursos já existentes de legendas em braile e em fonte ampliada. 

Inclusão física, sensorial e cognitiva

O Diálogos Acessíveis compreende uma série de ações que buscam ampliar e melhorar o atendimento do museu, levando em conta as premissas legais estabelecidas pelas políticas públicas nacionais.

Além das visitas acessíveis, foram desenvolvidas formações continuadas com as equipes, com aprofundamento em diferentes tipos de deficiência. 

Todas as ações implementadas no museu são resultantes do grupo de trabalho criado para estruturar o Programa de Acessibilidade do SESI Lab, que contou com a consultoria de Viviane Panelli Sarraf. Ela é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, mestre em Ciência da Informação pela Escola de Comunicações e Artes da USP, especialista em Museologia pelo Museu de Arqueologia da USP e graduada em Licenciatura em Educação Artística pela FAAP.  

Na avaliação de Viviane, o SESI Lab se destacou por compreender, desde a elaboração do projeto, acessibilidade como pilar de qualquer equipamento cultural.

“O direito das pessoas com deficiência ao acesso à cultura, à arte e à difusão científica não deve ser encarado como algo auxiliar. É preciso estar no DNA de qualquer instituição. O SESI Lab incorporou isso e hoje é um exemplo para outros museus de ciências no Brasil”, avalia Sarraf. 

Programa de acessibilidade no Acervo Digital SESI Lab 

No Acervo Digital, foi inserida a coleção do programa de acessibilidade do SESI Lab. A coleção apresenta o material utilizado para as ações de acessibilidade do museu, disponibilizando os audioguias e os videolibras da exposição de longa duração.

Por meio da leitura de QR codes, os visitantes podem usufruir dos recursos de maneira online e gratuita.   

 

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