As articulações para as eleições de 2026 na Paraíba já começaram a esquentar os bastidores, e um dos principais pontos de tensão gira em torno da aliança entre o Progressistas (PP) e o União Brasil. Apesar de boatos sobre uma possível “chapa familiar” envolvendo os Ribeiros, os próprios protagonistas já trataram de encerrar o assunto: não vai ter dois membros da mesma família disputando cargos majoritários.
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro, a senadora Daniella Ribeiro e o vice-governador Lucas Ribeiro têm repetido em alto e bom som que uma composição com mais de um Ribeiro na mesma chapa está fora de cogitação. A frase “não cabem dois Ribeiros na chapa” virou quase um mantra dentro do grupo, para deixar claro que há um consenso sobre os limites políticos e legais dessa construção.
Por ora, nada está cravado em relação a nomes. O que se sabe é que o PP quer uma das vagas na chapa majoritária — seja para o Governo do Estado, seja para o Senado — e que essa definição virá no tempo certo. A estratégia é não queimar etapas nem precipitar acordos que possam desandar mais à frente.
O verdadeiro nó da história está no embate entre os dois partidos no estado. Enquanto o PP está aliado ao governador João Azevêdo (PSB), o União Brasil atua como oposição. Isso cria um cenário difícil para a formação de um palanque unificado em 2026, o que seria essencial para consolidar um projeto político estadual consistente entre as duas legendas.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a Paraíba é hoje um dos pontos de maior instabilidade na tentativa de união entre PP e União Brasil em nível nacional. O desafio, daqui pra frente, será construir pontes onde há divergências — ou assumir que, pelo menos nesse caso, cada partido vai tocar seu barco em direções diferentes.
Por enquanto, o jogo está em aberto. Mas uma coisa é certa: com racha interno e interesses cruzados, o xadrez político paraibano promete fortes emoções até 2026.