O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, bateu o martelo: nada de fusão partidária para as eleições de 2026. Em entrevista recente, Rossi afirmou que o partido descarta qualquer união definitiva com outras legendas, mas abriu o jogo sobre conversas avançadas para uma federação com Republicanos e PSD.

“Fusão, não. Devemos ter conversas com Marcos Pereira [Republicanos] e Gilberto Kassab [PSD]. Talvez federação”, disse Rossi, reforçando que o MDB quer manter sua identidade, mas está de olho em alianças estratégicas para ganhar musculatura eleitoral.

A federação, diferentemente da fusão, mantém os partidos vivos e com CNPJ próprio, mas une candidaturas, estratégias e lideranças. Mais que isso: obriga uma atuação conjunta no Congresso por pelo menos quatro anos. Se sair do papel, a federação colocaria MDB, Republicanos e PSD no mesmo palanque em 2026 — um cenário que já acende o alerta no Palácio do Planalto. O Republicanos, vale lembrar, tem flertado abertamente com a oposição, enquanto o Planalto tenta segurar MDB e PSD na base ou, ao menos, em posição neutra, como no segundo turno de 2022.

O movimento ganhou ainda mais tração depois que União Brasil e Progressistas anunciaram, na terça-feira (29), a federação batizada de União Progressistas — que já nasce como a maior força do Congresso, somando 109 deputados e um fundo eleitoral que pode beirar R$ 1 bilhão para 2026.

MDB e Republicanos já tiveram um primeiro encontro em abril, e novas rodadas de conversa estão no radar. Enquanto os nomes para a disputa presidencial ainda estão indefinidos, os bastidores da política mostram que a corrida por alianças já está a pleno vapor — e promete redesenhar o mapa eleitoral muito antes da largada oficial.