O Brasil enfrenta uma explosão de casos de dengue neste começo de 2024. Até o início desta semana, o Ministério da Saúde já contabilizava mais de 1,8 milhão de casos (prováveis e confirmados) da doença e mais de 500 óbitos.
Diante desse cenário, o Serviço Social da Indústria (SESI) lança, a partir desta quarta-feira (20), um canal gratuito de telemedicina para atender os trabalhadores da indústria e seus dependentes com suspeita de dengue.
Os trabalhadores que apresentarem sintomas da doença poderão ter, por meio do WhatsApp (61) 3317-1414, acesso a assistência e orientações em saúde especializadas.O SESI espera atender 500 mil pessoas ao longo da campanha.
Nesse número, o usuário, inicialmente, será atendido por um chatbot – um assistente virtual – que coletará informações necessárias para o atendimento. Posteriormente, o paciente receberá, pelo e-mail informado, o link de acesso à telemedicina.
“Muitos estados e o DF declararam estado de emergência por conta da epidemia de dengue e se encontram com seus sistemas de saúde sobrecarregados com pacientes com suspeita da doença. O serviço de telemedicina é uma forma de o SESI contribuir na orientação da população a buscar os cuidados adequados”, explica o superintendente de Saúde e Segurança na Indústria do SESI, Emmanuel Lacerda.
Quando procurar ajuda?
Nem sempre a doença apresenta sintomas. Mas é preciso ficar atento caso a pessoa apresente febre alta (39ºC a 40ºC), de início repentino, acompanhada por pelo menos outros dois sintomas:
Dor de cabeça intensa
Dor atrás dos olhos
Dores musculares e articulares
Náusea e vômito
Manchas vermelhas no corpo
Sinais de alarme
Ao apresentar esses sintomas, o Ministério da Saúde orienta procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. Após o período febril, é importante ficar atento aos seguintes sinais de alarme:
Dor abdominal intensa e contínua
Vômitos persistentes
Acúmulo de líquidos em cavidades corporais
Sangramento de mucosa
Hemorragias
Como o diagnóstico pode ser feito por telefone?
O diagnóstico da dengue é basicamente clínico. Ou seja, não existe a necessidade de exames específicos. Também não há um medicamento específico para doença. A infecção, na maioria dos casos leves, tem cura espontânea depois de até 15 dias.
Cuidados
A vacina contra a dengue entrou no Calendário Nacional de Vacinação pela primeira vez em fevereiro deste ano. Com poucas doses disponíveis, o governo decidiu começar a imunização pelas crianças de 10 a 11 anos e avançar a faixa etária progressivamente, assim que novos lotes forem entregues pelo laboratório fabricante.
Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do mosquito Aedes Aegypti é o principal método para a prevenção da doença e outras arboviroses urbanas (como Chikungunya e Zika).
Por isso, a recomendação é evitar qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito usa como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.