Quantas vezes você estava numa roda de conversa, surgiu uma dúvida sobre algo e você pegou o celular para pesquisar a informação correta? De acordo com um levantamento da Agência Mestre, divulgado em fevereiro de 2022, mais de 8,5 bilhões de pesquisas são feitas por dia no Google, principal site de pesquisa do mundo.
Nós somos apresentados ao verbo “pesquisar” desde cedo, nos primeiros anos na escola, e desenvolvemos habilidades de pesquisa no decorrer da vida acadêmica e profissional. Começamos pesquisando em revistas, livros, enciclopédias e, com o avanço da tecnologia, passamos a procurar os fatos na internet.
Mesmo com toda essa intimidade adquirida ao longo dos anos de vida, muitas pessoas têm dificuldades para pesquisar. Pensando nisso, a Agência de Notícias da Indústria conversou com quem tem experiência neste ramo e as melhores dicas para responder à pergunta “como fazer uma pesquisa?”: os alunos de robótica da FLL (FIRST Lego League Challenge), responsáveis pelos projetos de inovação das suas equipes.
“Para se ter um bom projeto, a equipe é estimulada a realizar uma boa pesquisa, para a qual é preciso ler vários textos, procurar em várias fontes, verificar a confiabilidade dos dados e obter evidências para suportar os resultados apresentados. Assim, aprimoramos a habilidade de pesquisa que será útil durante a vida”, destacou Naira Hirakama, que é responsável pela categoria Projeto de Inovação dentro do Comitê de Avaliação da FLL.
O que é necessário para fazer uma pesquisa?
Para começar a sua pesquisa, você precisa definir o que quer procurar e mergulhar de cabeça, mas com organização, ressalta Luiza Santos, 20 anos, ex-integrante da Builder5, de Natal (RN). “É preciso fazer um cronograma e roteiro de pesquisa com o intuito de coletar referências, fazer leitura e construir um esboço de trabalho, podendo, assim, seguir produzindo.”
“É importante diversificar os conteúdos bibliográficos que serão utilizados, buscando sempre referências confiáveis, ter muito cuidado com o plágio, com as normas técnicas de trabalho. De forma geral, dedicar-se muito é o ponto principal para realizar uma boa pesquisa”, acrescentou Luiza.
Ingrid Rezende, de 15 anos, ex-integrante da Lego Master, de Parintins (AM), complementa mencionando “palavras-chave” que estão dentro do tema principal definido. “O Google, por exemplo, usa o critério do SEO para exibir os resultados para sua pesquisa”, explicou.
“É preciso analisar sobre o que a pauta traz em essência, ver como ela se relaciona na atualidade e quais as propostas atuais que buscam melhorá-la. Além disso, artigos científicos são um bom caminho para adquirirmos conhecimentos mais embasados, que podem servir até mesmo para a criação de um projeto, como ocorre na FLL”, aconselhou Ingrid.
Quais materiais usar?
Dificilmente deixamos o celular de lado e exploramos outros materiais quando realizamos uma pesquisa. De fato, é mais fácil e mais rápido usar o recurso que está na palma da sua mão, no entanto, há outro mundo tão rico e completo quanto a internet. Acredite, até uma simples conversa é uma forma de pesquisar.
“Livros, revistas, artigos, plataformas de dados científicos, como SciELO e CAPES, são grandes ajudantes de uma boa pesquisa”, listou Luiza Santos. “Uma pesquisa mais aprofundada, por exemplo, que visa reconhecer as problemáticas da sua região, conversar com a comunidade, que presencia essas situações, ou por meio de formulários, pode servir como uma boa maneira de melhorar a sua pesquisa”, acrescentou Ingrid.
Encontrei tudo que precisava?
Os resultados de uma pesquisa, de qualquer tema, podem ser quase infinitos. Então, como saber quando você encontrou o que precisava para o seu estudo? “Sabemos que fizemos uma boa pesquisa quando sentimos que temos propriedade para falar, escrever ou debater sobre a pauta”, afirma a robotiquer Ingrid.
“Basta observar se a pergunta ou tema principal foi respondido e explicado de forma clara e compreensível”, esclareceu Luiza, que reconhece a influência da robótica no desenvolvimento das suas habilidades de pesquisa.
“Atualmente, percebo que essa oportunidade e conhecimento que adquiri na robótica me fez crescer muito na minha vida pessoal e profissional. Estou cursando a faculdade de fonoaudiologia na UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e tenho muita facilidade de pesquisar dentro do laboratório que participo, o Laboratório de Linguagem Escrita, Interdisciplinaridade e Aprendizagem (LEIA), realizando trabalhos com as experiências que tive na robótica”, relatou ela.
“A robótica nos ajuda em todas as situações do nosso dia a dia, principalmente na realização de trabalhos. Habilidades são construídas nesse universo computacional, que nos permite expandir a nossa criatividade para ser desenvolvida na escola e na área profissional”, disse Ellen Gonçalves, 17 anos, ex-integrante da equipe Big Family, de Campo Bom (RS).
A nova temporada Energize! de robótica
Lançada oficialmente em 2 de agosto, em parceria com a empresa Qualcomm, a nova edição das competições da FIRST Robotics Competition será cheia de energia, como o próprio nome já diz: FIRST Energize. As equipes de FIRST LEGO League (FLL), FIRST Tech Challenge (FTC) e FIRST Robotics Competition (FRC) terão a missão de reinventar o futuro da energia sustentável e impulsionar suas ideias.
O tema aborda os desafios globais relacionados ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 das Organização das Nações Unidas (ONU), que busca "assegurar o acesso universal, confiável, moderno e a preços acessíveis a serviços de energia", "aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na matriz energética global" e "dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética "acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia".
As inscrições das equipes de FLL para as disputas regionais da temporada Super Powered estão abertas desde 21 de setembro. As etapas regionais estão marcadas para começar na primeira semana de novembro.
Continue ligado na Agência de Notícias da Indústria para acompanhar tudo que vai rolar nesta nova edição.