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Famup alerta que PL do Piso da Enfermagem é paliativo e só paga salários até dezembro
Segundo George, o valor sugerido pelo Governo Federal só garante pagamentos de salários até dezembro desse ano, sem previsões futuras. Por isso, os gestores paraibanos devem ficar atentos a realização desses pagamentos, pois podem se complicar financeiramente a partir de 2024.
20/04/2023 17h01
Por: Políticas & Negócios Fonte: Claudete Leitão/Ascom

O presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), George Coelho, fez um alerta aos prefeitos e prefeitas do estado, nesta quinta-feira (20), sobre o Projeto de Lei (PL) assinado pelo presidente Lula e enviado ao Congresso para garantir o piso salarial da enfermagem, com investimentos de R$ 7,3 bilhões.

Segundo George, o valor sugerido pelo Governo Federal só garante pagamentos de salários até dezembro desse ano, sem previsões futuras. Por isso, os gestores paraibanos devem ficar atentos a realização desses pagamentos, pois podem se complicar financeiramente a partir de 2024.

George esclarece ainda que é desejo da Famup e de todo o movimento municipalista a resolução do problema. De acordo com ele, só será possível o pagamento aos profissionais de saúde com a aprovação e sanção da PEC 25/22 que destina 1,5% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) a mais no mês de março para o pagamento do piso.

“Esse PL assinado pelo presidente Lula é um paliativo, não resolve o problema do Piso da Enfermagem e é bom deixar isso bem claro. O próprio senador Veneziano Vital do Rêgo, vice-presidente do Senado, deixou claro. Esse recurso só paga os salários até dezembro e depois encerra. Não é isso que nós queremos, nós queremos algo definitivo. Nosso movimento municipalista tem a solução que é a PEC 25/22 que destina 1,5% do FPM a mais no mês de março para o pagamento do piso”, afirmou George Coelho.

O presidente da Famup destaca ainda que essa é uma luta municipalista que está sendo travada em benefício dos profissionais de saúde, sobretudo os enfermeiros e técnicos. “Infelizmente, nessa atual realidade os prefeitos e prefeitas não terão condições de pagar, até porque é direito adquirido. Se pagar essa PL vão ter dificuldades futuras para pagar aos profissionais de enfermagem”, afirmou.

Conta não fecha – Conforme George Coelho, o novo piso da enfermagem vai gerar despesa de R$ 10,5 bilhões por ano para os municípios. Dessa forma, não é possível a garantia de pagamento da PL apresentada por Lula que só garante R$ 7,3 bilhões.