Implantado na Paraíba há um mês, o programa Coração Paraibano já salvou a vida de 450 pessoas, entre procedimentos de urgência e eletivos realizados nas hemodinâmicas gerenciadas pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde). Os atendimentos foram registrados entre os dias 10 de março até a última segunda-feira (10). O programa, que é inédito no Brasil, proporciona o atendimento com agilidade de pacientes com problemas cardíacos em qualquer cidade do estado, sobretudo os casos de infarto, cuja velocidade do atendimento é fundamental.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Jhony Bezerra, o programa já é um marco na saúde pública. “O Coração Paraibano é uma grande inovação, esse programa tem muito potencial, pois é o único programa, hoje, que tem uma assistência cardiológica integrada com redes em cada macrorregião via telemedicina. E ele será, com certeza, um dos grandes programas em nível nacional, pois nós já temos chamado a atenção do Ministério da Saúde”, frisou o gestor.
Apenas em relação ao número de atendimentos de infarto agudo do miocárdio com supra, um dos tipos mais graves, foram realizados pelo Coração Paraibano, segundo dados da PB Saúde, 78 atendimentos na 1ª Macrorregião de Saúde, 101 na 2ª Macrorregião, e 89 na 3ª Macrorregião.
Os centros de referência do programa são o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita; o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande; e o Complexo Regional Hospitalar Deputado Janduhy Carneiro, em Patos, unidades onde estão localizadas as hemodinâmicas.
Assim que o paciente é diagnosticado com os sintomas, baseado no protocolo do Coração Paraibano, os médicos da unidade de saúde onde o paciente recebeu o primeiro atendimento fazem contato, por telemedicina, com especialistas do Metropolitano, hospital coordenador do programa, para receber orientação sobre os cuidados imediatos com medicação e exames de imagem.
Quando necessário, o paciente é encaminhado pela Central de Regulação Estadual para realizar procedimento de intervenção na hemodinâmica mais próxima via transporte, que pode ser feito pela base de ambulâncias, pelo Grupo de Resgate Aeromédico (Grame), ou, via aeronave de UTI aérea.
A cardiologista intervencionista do Metropolitano e coordenadora do programa, Roberta Barreto, destaca a excepcionalidade do projeto em atender rapidamente os pacientes que sofrem infarto, além da capilaridade do atendimento.
“Esse primeiro mês foi surpreendente diante da alta resolutividade do nosso protocolo. Apesar de ser pioneiro e ainda estar em fase de implantação, o nosso programa não deixou de atender sequer um paciente infartado no estado. Pacientes que antes não tinham chance de tratamento adequado porque moram no Sertão, hoje podem ser direcionados para Patos e receber o tratamento em tempo hábil. Dessa forma nós garantimos a excelência no tratamento destes pacientes e reduzimos a mortalidade aqui no estado. Estamos no começo, tem muito trabalho ainda pela frente e seguimos com o programa salvando cada vez mais vidas”, completou.